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Portais de Entretenimento compartilham conteúdo
Fonte: Gazeta Mercantil

Companhias com investimento

estrangeiro adotam nova estratégia para obter retorno mais rápido que a concorrência Portais de entretenimento educativo do País estão estreando modelo de negócios baseado na comercialização de conteúdo compartilhado (co-branding) para enfrentar a concorrência e obter retorno rápido do capital investido. A estratégia começa a ser adotada nas pontocom alavancadas por investimentos estrangeiros, como Softbank Latin American Ventures, XL Ventures, J.P. Morgan Capital Partners e PT Multimedia que investiram mais de US$ 30 milhões no ano passado em sites nacionais de conteúdo focado em entretenimento. "Decidirmos montar um sistema de distribuição diferenciada que oferece o software para outros sites e as taxas anuais desse licenciamento se revertem em fonte de receita para nosso negócio", diz Pedro de Córdoba, diretor mundial de marketing da norte-americana Learning Software. A empresa desembarcou no Brasil em setembro, com o portal Vamosbrincar.com, após investir US$ 13 milhões no desenvolvimento e patenteamento do software de entretenimento Learning Trac, para crianças de 3 a 13 anos. Essa estratégia de marketing acabou atraindo investidores de peso como o japonês Softbank Latin American Ventures (SBLV) e o norte-americano XL Ventures. O SBLV, principal controlador de sites como Yahoo!, E*Trade e ZDNet, entrou com US$ 10 milhões, e o XL, um dos principais acionistas da agência de publicidade 24/7 Media, investiu outros US$ 3 milhões. A Learning Software, com 12 mil cadastrados no País, está fechando as primeiras parcerias de co-branding com os portais Globo.com, Terra, UOL, Zip.Net e SBT. O acesso à receita sustentável, através da adoção do co-branding, também é a nova orientação do J.P. Morgan Latin American Capital Partners para os portais em língua espanhola Loquesea.com (Argentina, Colômbia, Venezuela e Miami) e o seu braço brasileiro Tantofaz.net, que entrou no ar em abril. O J.P. Morgan, dono de carteira de US$ 700 milhões para a América Latina sendo US$ 50 milhões para o Brasil, investiu US$ 5 milhões nesses portais de entretenimento educacional baseados em ferramentas de jogos e quizzes (charadas e testes) e agora está convencido que somente criatividade e audiência não são suficientes para o negócio dar certo. "Somente as receitas de anunciantes que também são empresas virtuais não vão sustentar os negócios na internet. É preciso ter acesso ao capital de companhias com tradição de negócios no mundo real, e o co-branding vai funcionar muito bem nesse novo modelo que estamos deslanchando este ano", diz Francisco Sylveira, vice-presidente no Brasil da JP Morgan Latin American. Ele adianta que alguns tipos de conteúdos de entretenimento, como os jogos e apostas com maior valor agregado, também começarão a ser cobrados eventualmente. "O meio de pagamento eletrônico é que não está decidido ainda". A PT Multimídia, braço de internet da Portugal Telecom, é outra empresa que decidiu apostar alto no co-branding para a área de entretenimento. O Zip.Net, portal comprado pela empresa no Brasil por U$ 365 milhões em fevereiro de 2000, fechou nos últimos quatro meses contratos de parcerias para hospedagem de sites de empresas que desenvolveram seus próprios softwares de conteúdo de entretenimento, como Pokemón (Nintendo of America), Loteria Virtual.com (Visual Case) o Pelé.Net (Pelé Sports). Só o PeIé.Net, absorveu US$ 10 milhões. "Essas parcerias têm sido fundamentais nesse momento de consolidação da internet, marcada por fusões e falências. A competitividade das pontocom só vai acontecer por meio de cooperações; vai ser muito difícil sobreviver isoladamente nesse mercado mesmo para as empresas que têm fortes investidores apoiando o negócio", diz o diretor de marketing da Zip.Net, Mauro Rabello. A experiência com o co-branding, avalia ele, mostra que os sites ganham audiência, atraem anunciantes e satisfazem investidores. O diretor de estratégia da E-consulting, Daniel Domeneghetti, sentencia que o maior desafio das pontocom daqui para frente será encontrar fórmulas criativas de fidelização dos usuários. "A banalização na oferta de prêmios tomou conta dos sites de entretenimento. Nessa competição, o modelo de receita baseado em publicidade não vai sobreviver e só vai ficar no mercado quem criar modelos de negócios de interação com o mundo real". O forte crescimento do mercado de entretenimento no Brasil tem sido sistemático desde setembro, segundo pesquisas da Jupiter Media Metrix no Brasil. Em setembro, os sites foram visitados por 59% do universo de 2,1 milhões de internautas com computadores em casa; em novembro, os acessos saltaram para 65,2%. "Isso representa um crescimento de 11%, o que significa que o fator de diferenciação em conteúdo está funcionando", conclui Ângela Marsiaj, diretora-geral no Brasil.

Contra-ataque brasileiro

A concorrência direta de portais de entretenimentos de capital estrangeiro está levando os portais brasileiros a buscarem novos investidores. O primeiro caso bem-sucedido é o do portal Fulano.com, um dos pioneiros em entretenimento na web brasileira, que entrou no mercado com investimentos iniciais da Companhia Riograndense de Participações (CRP). O Fulano.com fechou, em novembro, a entrada da norte-americana E-nicial no negócio, o que lhe garantiu um aporte de capital imediato de US$ 4 milhões. "Com a primeira rodada de investimentos, acabamos de lançar um portal novo, com muito mais serviços interativos de entretenimento para a comunidade", diz o presidente do Fulano, Rogério Silbergerg. Na mesa de negociações, pesaram os 500 mil cadastrados que o portal reúne desde que entrou no mercado, em julho de 1999, e os 400 mil visitantes que acessam o site sem cadastro todos os meses. O desafio agora, diz Silbergerg, é aumentar o faturamento e alcançar o ponto de equilíbrio entre as despesas e a receita, de R$ 3 milhões. O Bestlife, que tem entre seus investidores o Banco Modal e a Ediouro Publicações, decidiu enfrentar a concorrência partindo para a expansão em outros mercados. O espelho do portal brasileiro estreou em Portugal em setembro passado, em sociedade com a maior agência de publicidade portuguesa, a PMK, que investiu US$ 200 mil e está captando no mercado US$ 2 milhões para ingressar no México e Estados Unidos. Desse montante, US$ 500 mil serão destinados ao reforço de marketing do portal brasileiro. "Estamos fechando negócios com dois fundos de investimento norte-americanos que procuravam uma oportunidade de entrar no Brasil", diz o CEO da Bestlife, Antonio Pedro Freire, que não revela os nomes dos investidores até a assinatura dos contratos, nos próximos dias. "Um dos principais fatores de atração é o alto nível dos profissionais de sites de entretenimento no País comparado ao custo da mão-de-obra. Enquanto nos EUA eles cobram acima de US$ 5 mil mensais, no Brasil nós pagamos US$ 2,5 mil". Entre os projetos do Bestlife para 2001 está o lançamento, em rede nacional, de seu programa televisivo CliqueGanhe.com, primeira iniciativa no País que combina internet, TV e prêmios, transmitido pela Record Rio. O Bit-Bet, controlado pela UpSight, também está ganhando um investidor estrangeiro, da Inglaterra. "O projeto envolve um aporte de US$ 5 milhões para regionalizarmos nossas plataformas operacionais, hoje ainda concentradas no Rio e São Paulo", conta o sócio-diretor Carlos Guidi. Com investimento inicial de US$ 1,5 milhão, o Bit-Bet entrou no ar no início de 2000 e tem, entre seus principais anunciantes, a Americanas.com e a Big Store, maior distribuidora de computadores de mão no País. O Incríveis e o WebQuíz, mais novos no mercado, ainda estão em busca de parceiros.




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